2 de setembro de 2011

Pastel e pilates, por favor

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Direi a meu filho, quando tiver um: seja médico, advogado, engenheiro, jogador de futebol e até vereador, mas pense duas vezes antes de ser jornalista. O rendimento de repórter, em especial em cidades de interior, com poucas opções de trabalho, deixa a desejar. Quem quer ter algum ($$) a mais para investir na carreira precisa fazer dupla jornada, sentado em frente a um computador, no maior sedentarismo.

A mesma dupla jornada que me permite pagar uma conceituada pós-graduação e, uma vez por ano, fazer uma boa viagem; acarreta esgotamento mental, sucessivas faltas à academia, má alimentação, açúcar demais e fibras de menos, enfim, uma vida sedentária. Consequência: ganho de peso e malhação para correr atrás do prejuízo.

Com pouco tempo para exercícios, já tentei algumas alternativas. Cortei açúcar para perder míseras 200 gramas e desisti daquelas cápsulas que prometem absorver a gordura dos alimentos. Mentira, não funciona! Estou pensando seriamente em cortar as massas e parar de comer à noite, porém, de momento, a estratégia ainda não saiu do papel. Tenho receio de tomar remédio e prejudicar a saúde, por isso, o máximo que cogito é tomar aquelas vitaminas da Herbalife.

Ao lembrar o que me diz a balança, refuto a afirmação de minha magra e esbelta namorada de que estou bem. Só quer me agradar, é isso.

Para complicar, a academia que passei a frequentar fecha nos fins de semana e depois das 23 horas, nos dias de semana; justamente quando tenho tempo de queimar algumas calorias na esteira. Minha mãe quis saber por que parei de correr no Parque do Ingá. Tive de explicar, de novo, toda a história da dupla jornada e do sedentarismo.

Minha campanha pela perda de alguns quilinhos começa a ter participação popular. É o pessoal cruzando os dedos e até indicando academia – entre elas de boxe, esporte que eu praticava num passado mais magro que o atual. Numa das sessões da Câmara Municipal, na sala de imprensa, um vereador veio me dizer eu estava gordo. Nem reclamei da constatação porque, dessa vez, o vereador estava falando a verdade.

Como essa questão de redução de peso não se resolve de uma hora para outra, preferi postergar novas metas (para não falar em dieta) para segunda-feira. Na manhã seguinte à constatação do vereador, pedi um pastel de miniovo na feira, com café para acompanhar. Nessa história de perder peso, todo mundo tem uma "boa" dica pra dar. O nobre edil me indicou pilates. "Custa SÓ R$ 150 por mês", disse ele. Bom, enquanto não recebo salário de vereador, prefiro boxe… e um bom chope de vinho depois!
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