2 de dezembro de 2008
Papai Noel existe
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Tinha de cinco para seis anos de idade quando descobri, por culpa de uma barba postiça, que o Papai Noel era uma farsa! Num natal em família, avós, tios, parentes próximos, amigos de meus pais (que não tinham com quem passar a data), criançada reunida. Lembro-me muito pouco daqueles tempos, mas do Papai Noel moreno, magrelo e que ficava tirando com minha cara, recordo-me muito bem.
Meus pais queriam um natal especial, inclusive para as crianças. Isso demandava a figura do Papai Noel, incumbência que coube a meu primo Joce, um cara extrovertido que hoje mora na praia de Bombinhas, em Santa Catarina - pasmem e xinguem: ainda não fui visitá-lo. Só que de tão extrovertido, deu bandeira e logo descobri a identidade secreta do bom velhinho, já não tão bom assim. Nem o presente, um aviãozinho de metal que atirava 'mísseis' de plástico, alegrou-me. Relatei tudo a meu irmão (um ano e meio mais novo), com a devida urgência, porém, ele preferiu acreditar que de fato havia renas e que o cara de roupas vermelho e branco tinha vindo de trenó da Finlândia.
Passados 12 anos, um sentimento especial, de satisfação por ajudar o próximo, mostrou-me que o simpático barrigudo de barba branca não precisa existir, literalmente, para de fato existir. Na redação de O Diário, nosso pinheiro de natal tem, em meio a belos enfeites, cartinhas de crianças carentes que ainda acreditam em Papai Noel. E, para ao menos uma delas, decidi sê-lo.
A iniciativa é dos Correios, conforme relatou a matéria do colega Thiago Ramari: Correios esperam 8 mil cartas para o Papai Noel. E a realização do imaginário de tantos pequeninos é do Papai Noel que cada um de nós, um pouco mais afortunados, pode ser.
Li algumas cartinhas e uma, em especial, encantou-me. A pequena Stefani pediu um relógio de pulso e uma bola (julgo que, por ser menina, seja de vôlei). "Querido Papai Noel, obrigado pelos presentes que o senhor me deu. Agradeço muito. Perdoe-me pelos erros que eu fiz", escreveu a pequena, com letras tremidas e caligrafia esforçada. "Muitas crianças não acreditam em Papai Noel, mas eu acredito", disse - e notei que foi com sinceridade.
Foi algo que me alegrou na correria da redação. E sabe, Stefani faz bem em acreditar. Papai Noel existe, pelo menos para ela, neste natal, garanto que vai existir. E sugiro que os amigos procurem uma agência dos Correios para que o bom velhinho seja realidade para outras tantas crianças carentes.
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Tinha de cinco para seis anos de idade quando descobri, por culpa de uma barba postiça, que o Papai Noel era uma farsa! Num natal em família, avós, tios, parentes próximos, amigos de meus pais (que não tinham com quem passar a data), criançada reunida. Lembro-me muito pouco daqueles tempos, mas do Papai Noel moreno, magrelo e que ficava tirando com minha cara, recordo-me muito bem.
Meus pais queriam um natal especial, inclusive para as crianças. Isso demandava a figura do Papai Noel, incumbência que coube a meu primo Joce, um cara extrovertido que hoje mora na praia de Bombinhas, em Santa Catarina - pasmem e xinguem: ainda não fui visitá-lo. Só que de tão extrovertido, deu bandeira e logo descobri a identidade secreta do bom velhinho, já não tão bom assim. Nem o presente, um aviãozinho de metal que atirava 'mísseis' de plástico, alegrou-me. Relatei tudo a meu irmão (um ano e meio mais novo), com a devida urgência, porém, ele preferiu acreditar que de fato havia renas e que o cara de roupas vermelho e branco tinha vindo de trenó da Finlândia.
Passados 12 anos, um sentimento especial, de satisfação por ajudar o próximo, mostrou-me que o simpático barrigudo de barba branca não precisa existir, literalmente, para de fato existir. Na redação de O Diário, nosso pinheiro de natal tem, em meio a belos enfeites, cartinhas de crianças carentes que ainda acreditam em Papai Noel. E, para ao menos uma delas, decidi sê-lo.
A iniciativa é dos Correios, conforme relatou a matéria do colega Thiago Ramari: Correios esperam 8 mil cartas para o Papai Noel. E a realização do imaginário de tantos pequeninos é do Papai Noel que cada um de nós, um pouco mais afortunados, pode ser.
Li algumas cartinhas e uma, em especial, encantou-me. A pequena Stefani pediu um relógio de pulso e uma bola (julgo que, por ser menina, seja de vôlei). "Querido Papai Noel, obrigado pelos presentes que o senhor me deu. Agradeço muito. Perdoe-me pelos erros que eu fiz", escreveu a pequena, com letras tremidas e caligrafia esforçada. "Muitas crianças não acreditam em Papai Noel, mas eu acredito", disse - e notei que foi com sinceridade.
Foi algo que me alegrou na correria da redação. E sabe, Stefani faz bem em acreditar. Papai Noel existe, pelo menos para ela, neste natal, garanto que vai existir. E sugiro que os amigos procurem uma agência dos Correios para que o bom velhinho seja realidade para outras tantas crianças carentes.
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